O «mar português» de Pedro Colón (IV) – Cabotando a costa

Sistematizem-se por ora, os dados já levantados.

Para tal sugere-se uma breve viagem de cabotagem ao longo da costa atlântica portuguesa. Seguir-se-á o mapa de Fernão Álvares Seco, denominado “Portugal deitado”, datado de princípios do século XVII, talvez o mais antigo que se conhece a representar com elevado grau de fidelidade a fronteira marítima, permitindo uma aproximação mais fidedigna ao contorno existente no século XV, e hoje, em certos pontos, já adulterado. O objectivo será reconhecer em que medida, Pedro de Soutomaior, se relacionou familiarmente, com a geografia humana do litoral português.

Costa atlántica norte
Senhorios costeiros e fluviais em Portugal / Norte (2ª metade do século XV)

Caminha: aqui recebeu Pedro, por dote matrimonial, os direitos da moeda velha detidos pelos Távora; em 1475 recebeu igualmente, a mercê do seu condado.

Viana da Foz do Lima (actual Viana do Castelo): pertença de seu concunhado D. Pedro de Meneses, marquês de Vila Real, casado na casa de Bragança.

Ponte de Lima: limite navegável do rio Lima, era vila dominada por Leonel e João de Lima, viscondes de Vila Nova de Cerveira, seus parentes próximos e também, respectivamente, tio materno e primo co-irmão de Teresa de Távora.

Esposende, Fão e Vila do Conde: pertença da casa ducal de Bragança. Pela ligação que manteve com o primogénito D. Afonso – de que nasceu um filho – Brites de Sousa, prima co-irmã de Teresa de Távora, era tia paterna de todos os filhos de D. Fernando, o segundo duque de Bragança.

Matosinhos, Gaia e Porto: toda a região da foz do Douro era dominada por João Rodrigues de Sá, alcaide-mor da cidade, sobrinho de seu irmão João Gonçalves de Miranda Soutomaior. Sigue leyendo O «mar português» de Pedro Colón (IV) – Cabotando a costa

O «mar português» de Pedro Colón (III) – Cunhados e amigos

Alianças matrimoniais da Casa de Távora – Séc. XV

No apoio ao regresso vitorioso de Pedro Madruga à Galiza, Vasco da Ponte alude também aos cunhados, deduzindo-se que se refere, naturalmente, às relações familiares pós-matrimoniais, estabelecidas com a família de Teresa de Távora. Faz sentido, que nesse âmbito se incluam também os tios – paternos e maternos – , para que se possa construir um breve panorama do meio em que se inseria a casa de Távora, na segunda metade do século XV. Sigue leyendo O «mar português» de Pedro Colón (III) – Cunhados e amigos

O «mar português» de Pedro Colón (II) – Parentes

Vila Nova de Cerveira (1509), por Duarte d’Armas

 

 

 

 

 

 

 

Retomemos o velho texto de Vasco da Ponte. Uma vez casado em terras lusas, o ex-cónego de Tui, Pedro de Soutomaior, recebeu o apoio de “(…) parentes, cunhados e amigos”. Três gradações de parentesco, com ou sem afinidades sanguíneas, capazes de mobilizar vontades e estabelecer semelhantes percursos de vida. Do conhecimento e compreensão do ambiente que o rodeou em Portugal, advém a possibilidade de esboçar um perfil condutor de Pedro Álvares, enquanto vassalo daquela corte.

Respeite-se a ordem do cronista. Em 1468, que parentes tinha Pedro em Portugal? Sigue leyendo O «mar português» de Pedro Colón (II) – Parentes

CRISTOBAL COLÓN NOBLE GALLEGO

Escudo-de-C.-Colon1-300x203Cristóbal Colón  procedía de la nobleza, lo demuestran los hechos y los escritos del Almirante, su vida está ligada con la familia Sotomayor y con Galicia.

La teoría de Colón gallego fue evolucionando con el paso de los años gracias a los nuevos hallazgos realizados por historiadores e investigadores, Cristóbal Colón y Pedro Álvarez de Sotomayor (Conde de Camiña) conocido como Pedro Madruga, noble gallego y portugués, son la misma persona, son muchos los hechos que lo confirman.

Don Celso García de la Riega iniciador de la teoría ya lo menciona cuando sitúa la casa natal de Colón en Poio (Pontevedra) y nos dice que la finca vecina pertenecía a la familia Sotomayor, el historiador Don Enrique Zas nos habla de la estrecha relación con Cristóbal de Sotomayor, más adelante Marcelo Gaya describe a Colón y asegura que tenía que ser algún noble del sur de Pontevedra con una gran relación con la alta nobleza de Portugal, en 1977 don Alfonso Philippot  Abeledo revoluciona la teoría al afirmar que Cristóbal Colón y Pedro Álvarez de Sotomayor famoso noble feudal gallego son la misma persona, las fechas y los hechos empiezan a encajar, todo concuerda, la teoría crece a pasos agigantados, los investigadores encuentran cada día más datos y documentos que lo confirman, esto ya era sabido cinco siglos atrás como apunta Rodrigo Cota González en su  libro “Colón, Pontevedra, Caminha” donde descubre un texto del cronista Francesillo de Zuñiga que circulaba en la corte de Carlos V en el siglo XVI en donde afirma que Diego de Sotomayor hijo de Pedro Álvarez de Sotomayor era hijo de Cristóbal Colón, la vida de Colón va de la mano con la familia Sotomayor. Sigue leyendo CRISTOBAL COLÓN NOBLE GALLEGO

O «mar português» de Pedro Colón (I) – Estado da Arte

Peneda (o Viso) – Vista sobre ria de Vigo e Atlântico

 

 

 

 

 

 

 

 

Pedro Madruga não pode ter sido apenas e, tão só, o belicoso senhor feudal de Soutomaior, que cinco séculos de historiografia repassaram, motu continuum, elevado bastas vezes a legendário estatuto, e outras tantas submerso entre as trevas do medievo mais profundo. Foi também um conde português, membro da corte primo-renascentista de que se fazia rodear “o Africano” Afonso V, “rei de Portugal e dos Algarves, daquém e dalém mar em África”, como então, significativamente, se intitulava.

Corte, que o historiador Saúl António Gomes, não hesitou em considerar como “uma das mais notáveis e civilizadas da época”, adjectivando consequentemente esse Príncipe, que biografava em 2006, como “erudito humanista”, bibliófilo, intelectual e esteta[1]. Sigue leyendo O «mar português» de Pedro Colón (I) – Estado da Arte

Sobre el libro de Manuel Rosa…

 

El autor portugués Manuel Rosa, en su libro sostiene que Colón es un noble portugués aún desconocido, aunque luego también especula con Enrique Alemán y Salvador Zarco. Este interesante libro, publicado en Portugal bajo el nacionalista título de“Colón Portugués. El hombre que engañó a los reyes españoles y sirvió al genial rey D. Juan II”, va referenciando los numerosos vínculos que lo unen a la corona portuguesa, y muy especialmente los de su mujer Felipa Muñiz de Perestrello.

Considero que en muchos apartados del libro este moderno autor tiene razón, pero nos resulta extraño que una persona que dice haber leído más de 2.000 libros, en cinco lenguas diferentes, no se plantee en su libro siquiera la existencia de la tesis gallega, tan próxima a la portuguesa, la cual posee tan abundante literatura, desde hace más de cien años. Muy chocante, ¿no creen? ¿No será que no quiere verla…?

Leyendo su libro (1), Rosa parece no conocer esta tesis tan cercana a la suya, ni sus argumentos, los cuales por otra parte son artillería pesada para quien pretenda refutarlos. Quizá por eso le resulta a este autor mejor ignorarla y, así, en su extensísima bibliografía final, no menciona ni a García de la Riega, ni Alfonso Philippot, ni a Rodrigo Cota, por sólo mencionar algunos autores relevantes. Nosotros no haremos lo mismo con él ni con su libro traducido al castellano por la editorial Esquilo… Sigue leyendo Sobre el libro de Manuel Rosa…

O Xadrez de Tordesilhas: Colón, «Alpedrinha», Caminha – Parte 1 – O “Príncipe”

Que me perdoe o meu amigo Rodrigo Cota pelo pseudo-plagio em que acabo de incorrer!

Que me perdoem igualmente os seus conterrâneos se por uma pequena vila do interior beirão português faço substituir a bela Pontevedra.

É que nenhum outro título assentaria tão bem ao que em seguida vou relatar, como o que me atrevo a fazer encabeçar estas linhas.

Acontece que o “puto” Jorge se criou nessa vila de Alpedrinha, corriam as primeiras décadas do século XV. Não se entendem os historiadores sobre a sua filiação nem data em que veio ao mundo. Fazendo fé na sua lápide tumular, o Jorge iria viver 102 anos! Feito digno de registo se acaso em épocas tão remotas já se bebesse cerveja Guinness e os frades copistas se entretivessem com o “estranho e fascinante mundo dos recordes”!

Sem ilusões e lendo as entrelinhas documentais, Manuela Mendonça, historiadora e a sua mais recente biografa, sistematizou em D. Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha, editado em 1991, que o rapaz terá nascido provavelmente em 1416, filho de um humilde Martim Vaz e, procurando um futuro melhor terá calcorreado as estradas da vida enquanto jovem, acabando a estudar Latim, Filosofia e Teologia no Colégio de Santo Elói em Lisboa, “apadrinhado” pelo Reitor Padre João Rodrigues, e ordenado presbítero em meados dos anos 40. Sigue leyendo O Xadrez de Tordesilhas: Colón, «Alpedrinha», Caminha – Parte 1 – O “Príncipe”

Eduardo Pondal y el Colón gallego

Eduardo PondalA finales de los años 80, una activa Asociación Cultural Cristóbal Colón, con sede en Porto Santo (Poio),  en las mismas inmediaciones de la Casa Natal de Colón mantenía una actividad frenética en el desarrollo y divulgación de la teoría del Colón Gallego. Entre sus funciones, la publicación de una revista de la que apenas se llegaron a editar unos números, pero cuyo contenido nos desvela el alto nivel de quienes firmaban sus artículos, comoXosé Lois Vila Fariña, José Ramón Fontán o Ulisis Figueroa. Algún día deberíamos averiguar los motivos por los que aquella Asociación se disolvió de manera abrupta y prematura. Los números de aquella revista contienen verdaderas joyas de la investigación coloniana que conviene recuparar, y en algunos casos como el que nos ocupa, trascienden al propio Colón de Poio para, a través de él, acercarnos a los mayores exponentes de la cultura gallega de todos los tiempos. Así, encontramos un artículo firmado por Ulisis Figueroa que nos reproduce un cruce de cartas entre Constantino Horta y PardoEduardo Pondal. Horta y Pardo acababa de publicar  “La verdadera Cuna de Cristóbal Colón” y Pondal se encontraba en proceso de creación de su poema épico “Os Eoas”, dedicado al mismo tema. Para no perder ninguna de las fuentes, digamos que Figueroa cita a Modesto Bará, que a su vez publicara un trabajo sobre el asunto en “Pueblo Gallego”. Modesto recuperó las cartas en 1953, Ulisis las reprodujo en 1988 y, una vez olvidadas de nuevo, Vidavedra vuelve a ellas. De la primera de las cartas, dirigida por Pondal a Horta, no tenemos el contenido, pero sabemos de su existencia porque la segunda, de Horta a Pondal, fechada en La Habana a 2 de febrero de 1913, empieza así: “Ilustre y venerado bardo: Oportunamente fue en mi poder su atenta y galiciana carta en la que me dedica halagadoras frases y cariñosos elogios que no merezco, con motivo de mi libro de difusión y propaganda mundial sobre la cuna galiciana del ilustre descubridor de América…” Tras una larga y decidida defensa de la teoría del Colón Gallego y una exposición de los éxitos que el tema alcanzaba en todo el mundo, Horta se atreve a hacer una petición a Pondal, en un lenguaje propio del estilo de la época, siempre sobrecargado de adjetivos y garigolos literarios: “Con tal motivo, a Vd., Doctor Pondal, que es el Poeta de las virilidades celtas, y el más valiente y glorioso de nuestros bardos; a Vd. que es el mágico cantor de “A campana de Allóns”, y de las glorias y tradiciones de nuestra sufrida y expoliada tierra; a Vd. que es la encarnación de la gran familia celta y que, sin claudicaciones ni debilidades cívicas, enarboló la bandera de las reivindicaciones de nuestra Patria, la dulce y amorosa Galicia; a Vd. Acudo en nombre de medio millón de galicianos de origen celta, por América dispersos, en este mundo por el Colón descubierto y cuyas viriles energías Vd. siente, para que, en una de sus valientes estrofas de su grandioso poema “Os Eoas”, insinúe la naturaleza o nacionalidad galiciana del descubridor (…)” Aparte de la extraña preocupación que sentía Horta por la virilidad galiciana, sorprende ese atrevimiento con que pide a Pondal que incluya al Colón de Porto Santo en su poema, máxime cuando el poema precisamente trataba ese asunto como eje argumental. Poco después, el 15 de marzo del mismo 1913, Pondal responde a Horta desde A Coruña: “Amigo muy distinguido: Contestando a su muy atenta y deferente carta última, tengo la satisfacción de manisfestarle que, en mi poema “Os Eoas” presento a Cristóbal Colón como hijo de nuestra amada Galicia; y desde luego puede Vd. Comunicar eso mismo a toda esa numerosa cuanto denodada colonia gallega de la grande Antilla, para que vea cumplo como puedo sus ideales, que son también los de este su admirador.” El poema “Os Eoas” permaneció inédito hasta hace muy poco tiempo, en que fue finalmente editado, si bien con nula difusión. Es casi imposible encontrarlo hoy, y es una desgracia, por cuanto Eduardo Pondal tenía todas sus esperanzas depositadas en lo que consideraba se convertiría no sólo en su mejor obra, sino en una referencia intelectual para la cultura gallega y paraa la construcción de Galicia como nación. Así es la vida.

RODRIGO COTA

Cristóbal Colón, Castelao, Valle-Inclán, y el invento del cine en color

Dibujo de Castelao“(Ojo) Nota para Don Prudencio. Aquí deben venir las palabras donde Fernando Colón cita las diferentes ciudades de las cuales se supuso natural a su padre Don Cristóbal. Yo no tengo aquí el libro. Calzada hace esa cita. Ahí puedes verla y transcribirla….” El don Prudencio a quien se refiere el texto anterior era Prudencio Otero Sánchez, y el autor de la nota, Valle-Inclán. Estaba incluida en el prólogo que don Ramón escribió para la obra de don Prudencio, titulada “España, Patria de Colón” y publicada en 1922. Finalmente, el prólogo no llegó a formar parte de la edición. Hemos conocido algunas versiones que tratan de explicar los motivos, aunque ninguna de ellas cita la fuente. Las más extendidas afirman que Valle-Inclán se retrasó en la entrega. Otras sostienen que, en realidad el texto llegó justo a tiempo al despacho del editor, pero precisamente por culpa de la nota reproducida, éste consideró que el prólogo estaba inacabado y, no teniendo tiempo de localizar a Prudencio Otero para completar los datos solicitados por el prologuista, optó por eliminar el trabajo entero. Y fue una pena y una mala decisión, pues se perdió una oportunidad única de aunar en un proyecto a los dos más grandes iconos de la intelectualidad gallega de todos los tiempos: Valle-Inclán y Castelao. Éste último envió un dibujo que sí llegó a tiempo, y que nos ayuda a ilustrar el presente artículo. Ambos, Castelao y Valle-Inclán, eran fervientes seguidores de las tesis del Colón Pontevedrés, iniciadas en 1898 por don Celso García de la Riega.

 

 

El prólogo de Valle-Inclán permaneció inédito hasta que fue rescatado y reproducido años después por Rafael Landín y finalmente, en 2002, los herederos del autor lo incluyeron en la primera edición de su “Obra Completa”. Y así conocimos algunos de los motivos que empujaban a Valle a sostener a Galicia como patria de Colón:

Lo indudable, es el alma gallega que lleva en su almario, el Almirante: era solapado y tenaz: Amigo del dinero, y cruel en el mando: Receloso y envidioso. ¡Y tan desconfiado, que dondequiera sospecha traiciones! Su iluminismo práctico, parece de entre Miño y Sil. El Almirante Don Cristóbal Colón es el alcaloide del espíritu gallego…”

Parece débil razón para defender una teoría, pero lo cierto es que Valle-Inclán, que se declara “lego en estos achaques de erudición”, tenía en realidad, como Castelao, un amplio conocimiento de la tesis del Colón gallego y sus argumentos, como demuestra su cita a Rafael Calzada, autor de “La patria de Colón” publicada dos años antes de ver la luz la obra de Prudencio Otero. Y es que, por aquellos tiempos, el Colón gallego gozó de un admirable soporte intelectual que debemos recuperar, y en ello estamos. No fueron Castelao y Valle-Inclán los únicos defensores de la tesis. Eduardo Pondal, autor de la letra del himno gallego, dedicó al Colón Pontevedrés buena parte de su poema “Os Eoas”, un trabajo desgraciadamente poco divulgado. Pondal defendía la idea de que Galicia debía tener una obra épica como Portugal tenía “Os Lusíadas” de Camões, y se puso él mismo a escribirla. A continuación, un fragmento de “Os Eoas”, de Pondal. El que habla es Colón:

«Ti es a miña patria (Galicia). A bora Liguria non me dou, como dicen, nacemento; Fora certo esto, túa e miña injuria, e grande erroer e grave nocumento, que n´é de Breogán a raza espuria p´ra non honrar o noso forte intenro: Oh, que dicha, s´a boa Galicia amada fora, por ser meu berce, celebrada!”

Y hablando de Portugal, tenemos allí a varios potentes literatos también apoyando la teoría. Teófilo Braga, escritor y político, presidente de la nación, pronunció un discurso muy famoso en su día en el que dijo:

Los portugueses experimentan inmensa alegría de que Galicia, hermana gemela de Portugal, fuera la patria del descubridor del nuevo mundo, compañero de los navegantes y descubridores lusitanos.”

Y tenemos en Pessoa a otro intelectual muy cercano, que por su parte escribió lo que sigue:

Faz um a casa onde outro pon a pedra. O gallego Colón, de Pontevedra, Seguiu-nos para onde nós não fomos. Não vimos da nossa arbore esses pomos. Um imperio ganhou para Castella Para si gloria merecida-aquella De um grande longe aos mares conquistado. Mas não ganhou o tel-o começado.”

Wenceslao Fernández Flórez, autor de “El bosque animado”, formó parte como miembro de honor del primer comité pro-patria Colón. Vicente Blasco Ibáñez dedicó al Colón Gallego uno de los capítulos de su obra “Los Argonautas”. También Emilia Pardo Bazán fue una firme defensora de la teoría, como lo fueron Ramón Cabanillas o Suárez Picallo, uno de los principales impulsores del primer Estatuto de Autonomía de Galicia.

 

La fuerza del Colón gallego era tal que dio lugar a más de cincuenta libros dedicados en exclusiva al tema, aunque muchos de ellos ni siquiera llegaron a distribuirse en Galicia. Publicados en lugares tan remotos como Buenos Aires, La Habana, México o Manila, en ocasiones con tiradas de apenas unos centenares de ejemplares, han sido siempre desconocidos por el público. Los autores de éste artículo hemos tenido la inmensa fortuna de acceder a la mayor parte de todo ese material, que debidamente recopilado, aparecerá próximamente en un libro ya en preparación. Cientos de artículos periodísticos, obras de teatro, poemas, han sido inspirados por el Colón Gallego. Y el asunto sirvió de excusa también para la primera película en color presentada en España, y una de las primeras del mundo, obra del fotógrafo Enrique Barreiro. Durante los primeros años del siglo pasado, algunos estudios, principalmente en París, experimentaban con técnicas de coloreado de películas, con resultados generalmente poco satisfactorios. En Pontevedra, Enrique Barreiro, que fundaría junto a su hermano Ramón la productora cinematográfica “Folk”, creó una de las primeras técnicas de coloreado, patentada con el nombre de “Cinecromo”. El resultado fue espectacular. Según Luis M. Quiroga Valcarce, que se ocupó de investigar la historia de la productora “Folk”, la película, titulada “Pontevedra, cuna de Colón” fue estrenada en 1927 en el Teatro Principal de Pontevedra. Así lo refirió la prensa al día siguiente, tal como nos cuenta el citado Quiroga Valcarce:

Con ser la materia de la película interesante y atrayente de suyo, no fue esto lo que motivó la expectación y la admiración del público; sino el hecho de que la película es una resolución cabal del problema de la impresión cinematográfica en los colores naturales. (…) Porque con ser sorprendente la fidelidad con que en la película se reproducen los colores de los vestidos y las diversas tonalidades de los edificios por ejemplo, esto no llama tanto la atención ni sorprende tanto como el color perfecto de la carne humana en unos chicos desnudos que se presentan al público, como el color del mar en los distintos pasajes de la cinta, como el de unos eucaliptos que dan plena sensación de realidad y sobre todo como el del cielo y en él los detalles de las nubes tan reales (…)”

Desgraciadamente, aquella copia en color desapareció, o bien el coloreado y las malas condiciones de conservación no resistieron el paso del tiempo. Hoy podemos ver una copia en blanco y negro aquí: http://www.cgai.org/index.php?seccion=prestamo_video.php&id_seccion=5&id_pelicula=1014&pagina= Aunque tampoco la digitalización es de buena calidad, garantizamos a quienes se molesten en verla una idea cabal de cómo estaba formulada la tesis del Colón Gallego en su origen y, desde luego, unas deliciosas imágenes de una Pontevedra de hace ya casi cien años. Como vemos, fueron muchos los que se posicionaron a favor de la tesis del Colón Gallego. Y, curiosamente, el Colón Gallego sirvió durante décadas difíciles como nexo de unión entre republicanos y monárquicos, entre demócratas y franquistas, entre exiliados y exiliadores. Entre centralistas, independentistas, galleguistas, carlistas, liberales, socialistas, comunistas, a derecha e izquierda, Colón era precisamente el único tema en el que todos estaban de acuerdo. Y aunque la visión de Castelao difería mucho de la de Valle-Inclán o Pondal, lo que se discutía era si Colón fue un asesino imperialista nacido en Poio o un héroe nacional nacido en Poio. Pero siempre nacido en Poio. Lamentamos que todo aquel bagaje cultural se haya ido perdiendo con el tiempo, desapareciendo de la memoria popular e institucional gallega. Parece que hoy nos cuesta decir lo que decían sin ningún esfuerzo, con toda naturalidad y firmeza, Castelao y Valle-Inclán: Simplemente, Colón Pontevedrés.

RODRIGO COTA

Cuando Pontevedra inventó el cine en color

 

Enrique Barreiro se anticipó al tecnicolor con una novedosa técnica que estrenó en 1927 en el Teatro Principal

enrique barreiro
Enrique Barreiro – primera película en color

A principios de los años veinte todos los grandes estudios compiten por un aparato que logre la ilusión del cine en color. El pontevedrés Enrique Barreiro desarrolla en esa época el Cinecromo, una técnica pionera de coloreado que estrena en 1927 con la película «Pontevedra, cuna de Colón». La noticia dio la vuelta al mundo (el asombrado público jamás había visto imágenes «con tal colorido natural», como recogen las crónicas de la época) y vuelve ahora a la actualidad: el filme restaurado será una de las joyas de la Casa de Colón que abre sus puertas en el municipio de Poio y con la que se reivindica la teoría del Colón gallego.

 

SUSANA REGUEIRA – PONTEVEDRA La vida es una calle de una sola dirección: somos lo que hemos sido pero, sobre todo, somos lo que soñamos ser. Lo sabía el viejo Ramón Barreiro Barcala en aquel 1910 en el que abre un flamante estudio de fotografía en plena plaza de A Ferrería, en el mismo local que había ocupado el mítico fotógrafo Francisco Zagala, un hermoso caserón desde el que olvidar el éxito en México de sólo unos años antes, su sueño americano truncado por la revolución tras un periplo por Estados Unidos, México, Cuba…
Pero eso era lo que había sido. Ahora era un fotógrafo recién retornado y casi sin competencia en la ciudad, con una larga experiencia y padre de cuatro hijos (Juan Enrique, Carmen, Ramón y Laureano) que había tenido de su matrimonio con la vallisoletana Feliciana Vázquez.
En los siguientes años, Ramón Barreiro firma con Joaquín Pintos (su único rival en el incipiente mercado de principios del siglo XX) varios de los mejores testimonios gráficos de la historia de la ciudad, mientras transmite a sus hijos el amor por la fotografía y el instinto pionero que lo había hecho salir de A Estrada décadas atrás.
Los mejores reflejos de este carácter serán Ramón y, especialmente, Enrique, que desde muy joven no para de desarrollar ingenios: alrededor de 1918 le interesa la difusión, cómo aplicar la fotografía a los medios de comunicación masivos y se emplea en el desarrollo del fotograbado.
Después eclosionará su interés por el cine y, muy especialmente, por las imágenes en color: al arrancar la década de los veinte desarrolla dos patentes; es todo un especialista en percepción que decide inventar un camino particular hacia el futuro cine en color.
Apoyado por el empresariado local, el cineasta se interesa por la teoría del Colón gallego y decide dedicarle el que será su primera película con la nueva técnica, el Cinecromo.
Partiendo de las teorías de expertos como Celso de García de la Riega o Enrique Zas, va desgranando los argumentos que apuntalan la teoría, a la cabeza la más que singular ¿coincidencia? de que el almirante Cristóbal Colón bautice los nuevos lugares americanos a los que va llegando en su viaje con nombres de la ría de Pontevedra.
Ilustran el documental las primeras vistas de Pontevedra que el público podría contemplar en color; también imágenes «con increíble colorido natural» del monasterio de Poio, de la iglesia de San Bartolomé, la que se considera casa natal del almirante Cristóbal Colón, de la ría de Vigo, los antiguos puentes de A Barca…
La mansión del magnate Casimiro Gómez (de los pocos, excepción hecha de los cines, que contaba con proyector en la provincia) fue escenario del pase previo de la película.
Enrique Barreiro se esperaba el aplauso del público. Dos años antes había realizado las primeras pruebas de su invento y hasta la prensa de Madrid se había hecho eco.
Historiadores como Carlos Aurelio López y Xosé Enrique Acuña han recopilado en sus investigaciones decenas de testimonios como el del cronista de El Pueblo Gallego: «Fuimos al teatro un poco predispuestos en contra del invento… Pero al ver la pantalla nos sentimos tan optimistas como entusiasmados. El color azul del cielo, el verde aplomado del mar, los diferentes verdes de nuestra campiña, el colorido natural de los rostros… Que no pudimos menos que considerar que el invento es un hecho y un triunfo rotundo».
Y como esperaba el cineasta, el estreno de «Pontevedra, cuna de Colón» tuvo aún más éxito. Fue el 2 de mayo de 1927 y en la platea del Teatro Principal no cabía un sólo espectador más para asombrarse. Las crónicas de la época hablan de Enrique Barreiro como una futura «gloria más para Galicia».
Tal fue la repercusión del Cinecromo, que el invento dio el salto a América, en buena medida gracias a la colonia mexicana. El hijo del pionero del cine, el arquitecto pontevedrés Enrique Barreiro, explica que «el salto de la película a América se produce efectivamente por el interés que suscita entre los gallegos la teoría del Colón pontevedrés pero, muy especialmente, porque era una película en color, un hecho insólito en la época».
Enrique Barreiro, apoyado siempre por su hermano Ramón, acababa de anticiparse en años al tecnicolor y la copia original del filme será ahora una de las joyas de la Casa de Colón que abre sus puertas en Portosanto.
Curiosamente, su hijo ha sido el encargado del proyecto de recuperación de ese edificio, como si los Barreiro hubiesen sabido (o soñado) desde hace un siglo lo que esa casa debía ser.

 

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